Sexta-feira 19 de setembro à tarde, cerca de 120 estudantes, professores, Licenciandos e funcionários do Colégio de Aplicação da UFRJ estiveram presentes no debate organizado pelo Grêmio Estudantil, que contou com a presença dos candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro Alessandro Molon (PT), Eduardo Serra (PCB), Chico Alencar (PSOL) e Ricardo Maranhão (PSB), vice de Jandira Feghalli (PCdoB).
Apesar da relutância dos debatedores, foi mantida a presença na mesa do Professor Estevão Garcia, representando o Coletivo Marxista na defesa do voto nulo.
Por conta da apresentação de questões que transcendem a participação política do conjunto da sociedade apenas no processo eleitoral, de 2 em 2 anos, a posição do Coletivo Marxista incomodou os demais candidatos, já que temáticas como a construção de um partido revolucionário e a necessidade de superação do sistema capitalista apareceram para diferenciar-se do debate superficial de propostas a partir de candidaturas comprometidas com financiamentos que direcionarão o mandato em favor da classe dominante.
Pudemos acompanhar a veemente defesa petista do REUNI, "que foi aprovado em todos os Conselhos Universitários pelo país, expressando a democracia, que é a vontade de uma maioria sobre a minoria", segundo Molon; perceber que Ricardo Maranhão não sabia do que se tratava; enquanto o PCB capitulou para essa política retrógrada imposta ao Ensino Superior.
Infelizmente, em alguns dos blocos, não foi permitida a expressão da defesa do voto nulo, sob a alegação de que as perguntas possuíam relação com o programa das candidaturas. Apesar de equivocada decisão da organização do debate, permanecemos na mesa e Ricardo Maranhão provocou a posição política apelando para aspectos morais: "Estevão, não é possível que dentre 12 candidatos nenhum preste".
A matéria sobre o debate que aparece na edição de sábado do Jornal do Brasil expressa a importância que teve a presença do Coletivo Marxista na atividade. Quando acompanhamos toda a propaganda burguesa a fim de convencer a sociedade de que todos somos iguais e podemos decidir os rumos da cidade escolhendo os melhores candidatos, de que não existe patrão ou empregado etc., é importante aprofundarmos a realidade concreta de uma sociedade que se divide entre exploradores e explorados e que culmina em conseqüências nefastas para a maioria da humanidade.
Portanto, apresentamos a defesa do voto nulo para vereadores e prefeitos, conclamando a classe trabalhadora para a construção de um partido revolucionário, que possibilite a real transformação material da nossa realidade e a participação política e decisória nos rumos de uma nova sociedade.
Portanto, apresentamos a defesa do voto nulo para vereadores e prefeitos, conclamando a classe trabalhadora para a construção de um partido revolucionário, que possibilite a real transformação material da nossa realidade e a participação política e decisória nos rumos de uma nova sociedade.
Um comentário:
Mucha suerte en la concreción de ese espacio.
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