Olá, estudantes de Educação Física presentes no VIII EREEF da Regional II! Nós, do Coletivo Marxista, trazemos este boletim para nos apresentar e contribuir com os debates que serão travados neste importante espaço de discussão e organização das lutas do Movimento Estudantil de Educação Física e do Movimento Estudantil de maneira geral.
Nossa organização surgiu em 2006, e defende a necessidade da unificação dos trabalhadores e da juventude para a superação revolucionária da sociedade capitalista. Não acreditamos que o capitalismo possa ser “melhorado” ou “humanizado”, pois um sistema baseado na exploração dos trabalhadores para garantia dos lucros de uma pequena parcela da sociedade, a burguesia, só pode gerar fome, miséria, violência e todas as mazelas com as quais nos deparamos diariamente.
Por isso, atuamos nos movimentos sociais com o objetivo de garantir melhores condições de trabalho e estudo, em defesa dos direitos historicamente conquistados pela classe trabalhadora e pela juventude e, principalmente, para avançar na luta pela construção da sociedade socialista, rumo ao sonho histórico da construção da sociedade sem classes, o comunismo.
Para isso, precisamos conhecer o terreno em que estamos atuando e que pretendemos transformar. É por isso que apresentamos, neste boletim, uma análise da conjuntura nacional e suas implicações nas tarefas e desafios colocados para o movimento estudantil atualmente. Da mesma forma, pretendemos também contribuir com uma análise sobre as tarefas específicas do MEEF diante dessa realidade.
Conheça o Coletivo Marxista e junte-se a nós na luta por uma sociedade sem classes!
Nossa organização surgiu em 2006, e defende a necessidade da unificação dos trabalhadores e da juventude para a superação revolucionária da sociedade capitalista. Não acreditamos que o capitalismo possa ser “melhorado” ou “humanizado”, pois um sistema baseado na exploração dos trabalhadores para garantia dos lucros de uma pequena parcela da sociedade, a burguesia, só pode gerar fome, miséria, violência e todas as mazelas com as quais nos deparamos diariamente.
Por isso, atuamos nos movimentos sociais com o objetivo de garantir melhores condições de trabalho e estudo, em defesa dos direitos historicamente conquistados pela classe trabalhadora e pela juventude e, principalmente, para avançar na luta pela construção da sociedade socialista, rumo ao sonho histórico da construção da sociedade sem classes, o comunismo.
Para isso, precisamos conhecer o terreno em que estamos atuando e que pretendemos transformar. É por isso que apresentamos, neste boletim, uma análise da conjuntura nacional e suas implicações nas tarefas e desafios colocados para o movimento estudantil atualmente. Da mesma forma, pretendemos também contribuir com uma análise sobre as tarefas específicas do MEEF diante dessa realidade.
Conheça o Coletivo Marxista e junte-se a nós na luta por uma sociedade sem classes!
SOBRE QUE SOLO PISAMOS?
QUAIS AS TAREFAS DA JUVENTUDE BRASILEIRA?
O período de redemocratização vivenciado após rígidos anos de Ditadura Militar no Brasil foi acompanhado de significativas mobilizações por parte dos trabalhadores e da juventude: passeatas, paralisações, greves, campanhas etc. estavam na ordem do dia, enquanto lideranças e novos instrumentos de luta se potencializavam, como o metalúrgico Lula, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Partido dos Trabalhadores (PT).
A partir da década de 1990, a implementação de políticas neoliberais avança concretamente em nosso país. Seguindo a cartilha dos organismos internacionais,—como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM)—os governantes brasileiros privilegiam os interesses de empresários, latifundiários e banqueiros, ao privatizar importantes setores e empresas e sucatear as necessidades básicas da população, como saúde e educação. Além disso, no plano ideológico, a exacerbação do individualismo e da competitividade tentam naturalizar a ordem vigente de miserabilidade e desemprego na população.
Chegando a 2002, trabalhadores e estudantes de luta depositam em Lula/PT a possibilidade de mudanças que trouxessem avanços. Ledo engano. A aliança do PT com empresários e partidos representantes da classe dominante já apontava que usavam a penetração de Lula sobre os Movimentos Sociais para facilitar o projeto neoliberal ainda mais forte através de Reformas.
A partir da década de 1990, a implementação de políticas neoliberais avança concretamente em nosso país. Seguindo a cartilha dos organismos internacionais,—como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM)—os governantes brasileiros privilegiam os interesses de empresários, latifundiários e banqueiros, ao privatizar importantes setores e empresas e sucatear as necessidades básicas da população, como saúde e educação. Além disso, no plano ideológico, a exacerbação do individualismo e da competitividade tentam naturalizar a ordem vigente de miserabilidade e desemprego na população.
Chegando a 2002, trabalhadores e estudantes de luta depositam em Lula/PT a possibilidade de mudanças que trouxessem avanços. Ledo engano. A aliança do PT com empresários e partidos representantes da classe dominante já apontava que usavam a penetração de Lula sobre os Movimentos Sociais para facilitar o projeto neoliberal ainda mais forte através de Reformas.
No primeiro ano do mandato de Lula/PT (2003), a primeira etapa da Reforma da Previdência é aprovada e são anunciadas outras Reformas que atacam direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores e prejudicam a Educação Pública.
A facilidade com que Lula/PT exerce o papel de marionete da burguesia merece nosso destaque, pois os setores da população a partir dos quais podemos construir um projeto de resistência encontram-se com suas referências e entidades históricas comprometidas política e economicamente para uma tranqüila governabilidade, freando o processo de manifestações e lutas.
A CUT e a União Nacional dos Estudantes (UNE) tornam-se essenciais braços de apoio de Lula/PT, ocupando inclusive cargos ministeriais e recebendo financiamento público e de patrocinadores das campanhas eleitorais. É necessário até mesmo relatar parcerias entre a UNE e a Rede Globo de Televisão, que historicamente se coloca contrariamente aos interesses dos trabalhadores e dos estudantes.
A Reforma Universitária avança de maneira fatiada em 2004, com o Programa Universidade Para Todos (Pro-Uni), o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (SINAES), o Decreto das Fundações, a Lei de Inovação Tecnológica etc. Com a falência da UNE enquanto instrumento de luta e representante dos estudantes, o Encontro Nacional Contra a Reforma Universitária, na Ilha do Fundão, em 2004, cria a Coordenação Nacional de Luta dos Estudantes (CONLUTE), reunindo CAs, DCEs e Grêmios que estiveram na vanguarda de todos os recentes processos de luta, organizando boicote ao Exame Nacional de Avaliação do Desempenho Estudantil (ENADE), Marchas Contra as Reformas e Contra a Corrupção, manifestações específicas dos cursos etc.
O segundo mandato de Lula/PT, a partir de 2007, demonstra que os ataques serão ainda maiores. O Decreto 6096/07 (REUNI) pretende ampliar e reestruturar as Universidades brasileiras para atender às demandas mercadológicas e realizar o milagre da multiplicação dos diplomas de maneira desqualificada e precarizada.
Pouco antes de Lula, Serra/PSDB em São Paulo já havia sinalizado mudanças nas Estaduais paulistas. Porém, Lula e Serra não esperavam que a UNE traidora não seria suficiente para auxiliá-los no desmonte da Educação Pública. A ocupação da Reitoria da USP desencadeou um grande processo de retomada das lutas, protagonizado pelo Movimento Estudantil combativo, ocupando dezenas de Reitorias contra as imposições dos Governos e demonstrando que está disposto a construir novas ferramentas de lutas.
O caráter nacional de enfrentamento com o Governo Federal teve grandes limitações e o eixo das lutas contra o REUNI não avançou ainda mais por conta da artificialidade da unidade da Frente de Luta Contra a Reforma Universitária que, se de um lado aglutina importantes setores de luta, do outro está muito aquém das nossas reais necessidades para a obtenção de vitórias.
Nesse ano de 2008, o novo Movimento Estudantil pode se consolidar e avançar ainda mais. Depois de ocupadas as Reitorias da UFMG, UnB,UEPA e de grande manifestação na UFRJ contra o Plano Diretor da Reitoria (materialização do REUNI), é hora de construirmos o Plebiscito Nacional sobre o REUNI e continuarmos pressionando as Reitorias subservientes e Lula/PT. Só através das lutas temos conquistado vitórias.
Nesse mês, completam-se 40 anos do maio de 1968, um dos maiores levantes da juventude a nível mundial. Temos pela frente o Encontro Nacional de Estudantes, dia 2 de julho, na UFMG, que precisa dialogar em cada sala de aula das faculdades e colégios do país sobre a construção de um Congresso Estudantil. E que esse Congresso reflita sobre a nossa organicidade e possa dar um salto de qualidade, criando uma nova entidade estudantil!
A facilidade com que Lula/PT exerce o papel de marionete da burguesia merece nosso destaque, pois os setores da população a partir dos quais podemos construir um projeto de resistência encontram-se com suas referências e entidades históricas comprometidas política e economicamente para uma tranqüila governabilidade, freando o processo de manifestações e lutas.
A CUT e a União Nacional dos Estudantes (UNE) tornam-se essenciais braços de apoio de Lula/PT, ocupando inclusive cargos ministeriais e recebendo financiamento público e de patrocinadores das campanhas eleitorais. É necessário até mesmo relatar parcerias entre a UNE e a Rede Globo de Televisão, que historicamente se coloca contrariamente aos interesses dos trabalhadores e dos estudantes.
A Reforma Universitária avança de maneira fatiada em 2004, com o Programa Universidade Para Todos (Pro-Uni), o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (SINAES), o Decreto das Fundações, a Lei de Inovação Tecnológica etc. Com a falência da UNE enquanto instrumento de luta e representante dos estudantes, o Encontro Nacional Contra a Reforma Universitária, na Ilha do Fundão, em 2004, cria a Coordenação Nacional de Luta dos Estudantes (CONLUTE), reunindo CAs, DCEs e Grêmios que estiveram na vanguarda de todos os recentes processos de luta, organizando boicote ao Exame Nacional de Avaliação do Desempenho Estudantil (ENADE), Marchas Contra as Reformas e Contra a Corrupção, manifestações específicas dos cursos etc.
O segundo mandato de Lula/PT, a partir de 2007, demonstra que os ataques serão ainda maiores. O Decreto 6096/07 (REUNI) pretende ampliar e reestruturar as Universidades brasileiras para atender às demandas mercadológicas e realizar o milagre da multiplicação dos diplomas de maneira desqualificada e precarizada.
Pouco antes de Lula, Serra/PSDB em São Paulo já havia sinalizado mudanças nas Estaduais paulistas. Porém, Lula e Serra não esperavam que a UNE traidora não seria suficiente para auxiliá-los no desmonte da Educação Pública. A ocupação da Reitoria da USP desencadeou um grande processo de retomada das lutas, protagonizado pelo Movimento Estudantil combativo, ocupando dezenas de Reitorias contra as imposições dos Governos e demonstrando que está disposto a construir novas ferramentas de lutas.
O caráter nacional de enfrentamento com o Governo Federal teve grandes limitações e o eixo das lutas contra o REUNI não avançou ainda mais por conta da artificialidade da unidade da Frente de Luta Contra a Reforma Universitária que, se de um lado aglutina importantes setores de luta, do outro está muito aquém das nossas reais necessidades para a obtenção de vitórias.
Nesse ano de 2008, o novo Movimento Estudantil pode se consolidar e avançar ainda mais. Depois de ocupadas as Reitorias da UFMG, UnB,UEPA e de grande manifestação na UFRJ contra o Plano Diretor da Reitoria (materialização do REUNI), é hora de construirmos o Plebiscito Nacional sobre o REUNI e continuarmos pressionando as Reitorias subservientes e Lula/PT. Só através das lutas temos conquistado vitórias.
Nesse mês, completam-se 40 anos do maio de 1968, um dos maiores levantes da juventude a nível mundial. Temos pela frente o Encontro Nacional de Estudantes, dia 2 de julho, na UFMG, que precisa dialogar em cada sala de aula das faculdades e colégios do país sobre a construção de um Congresso Estudantil. E que esse Congresso reflita sobre a nossa organicidade e possa dar um salto de qualidade, criando uma nova entidade estudantil!
E O MOVIMENTO ESTUDANTIL DE EDUCAÇÃO FÍSICA?
A Executiva Nacional de Estudantes de Educação Física, surgida em 1992, é a entidade que representa os estudantes do curso de todo o país. Porém, o Movimento Estudantil de área não pode em nenhum momento se desvencilhar do Movimento Estudantil Geral. A referência conquistada pela ExNEEF ao longo dos anos deve colocá-la na vanguarda do processo de reorganização dos estudantes, protagonizando as lutas e o chamado para a construção de uma nova entidade estudantil, que efetivamente substitua a União Nacional dos Estudantes e seja uma ferramenta concreta e real no dia-a-dia dos colégios, faculdades e Universidades de nosso país, solidificando a luta em defesa da Educação Pública, Gratuita e de Qualidade ao se posicionar contrariamente à Reforma Universitária privatizante atualmente em curso.
Um aspecto importante da situação dos trabalhadores e estudantes de Educação Física é a temática da regulamentação da profissão, que aconteceu dia 1º de setembro de 1998 logo após a Reforma Administrativa de Estado promovida por FHC sob o ideário neoliberal. Observamos que a cada ano o sistema CONFEF/CREFs (Conselhos Federal e Regionais de Educação Física) avançam ainda mais com apoio do Estado, cobrando o registro profissional através de coerção e realizando eventos que identificam a Educação Física enquanto mercadoria. Duas situações relevantes são a influência sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais, que fragmentaram nossa formação em Graduação e Licenciatura; e a criação de estruturas estudantis como o CREFinho e a Confederação de Estudantes de Educação Física do Brasil para levar suas políticas para dentro das faculdades. O crescimento do CONFEF está intimamente ligado ao cenário conturbado de favorecimento dos setores dominantes. É por isso que hoje o Movimento Nacional Contra a Regulamentação do Profissional de Educação Física (MNCR) possui grandes equívocos, como não relacionar a luta contra o Conselho à necessária luta contra o governo Lula/PT, agente da burguesia e dos ataques aos trabalhadores.
É preciso, portanto, que os Encontros Regionais e Nacional de Estudantes de Educação Física entendam a Reforma Universitária, as Diretrizes Curriculares Nacionais e a Regulamentação da Profissão como algumas das facetas capitalistas que servem para nos atacar e fragmentar. Precisamos nos inserir na reorganização dos trabalhadores e da juventude, fortalecendo a Coordenação Nacional de Lutas (CONLUTAS) e acumulando forças para a existência de uma nova entidade estudantil, que formule e construa lutas para conquistar vitórias e construirmos uma nova sociedade.
Um aspecto importante da situação dos trabalhadores e estudantes de Educação Física é a temática da regulamentação da profissão, que aconteceu dia 1º de setembro de 1998 logo após a Reforma Administrativa de Estado promovida por FHC sob o ideário neoliberal. Observamos que a cada ano o sistema CONFEF/CREFs (Conselhos Federal e Regionais de Educação Física) avançam ainda mais com apoio do Estado, cobrando o registro profissional através de coerção e realizando eventos que identificam a Educação Física enquanto mercadoria. Duas situações relevantes são a influência sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais, que fragmentaram nossa formação em Graduação e Licenciatura; e a criação de estruturas estudantis como o CREFinho e a Confederação de Estudantes de Educação Física do Brasil para levar suas políticas para dentro das faculdades. O crescimento do CONFEF está intimamente ligado ao cenário conturbado de favorecimento dos setores dominantes. É por isso que hoje o Movimento Nacional Contra a Regulamentação do Profissional de Educação Física (MNCR) possui grandes equívocos, como não relacionar a luta contra o Conselho à necessária luta contra o governo Lula/PT, agente da burguesia e dos ataques aos trabalhadores.
É preciso, portanto, que os Encontros Regionais e Nacional de Estudantes de Educação Física entendam a Reforma Universitária, as Diretrizes Curriculares Nacionais e a Regulamentação da Profissão como algumas das facetas capitalistas que servem para nos atacar e fragmentar. Precisamos nos inserir na reorganização dos trabalhadores e da juventude, fortalecendo a Coordenação Nacional de Lutas (CONLUTAS) e acumulando forças para a existência de uma nova entidade estudantil, que formule e construa lutas para conquistar vitórias e construirmos uma nova sociedade.
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