segunda-feira, 2 de abril de 2012

Declaração sobre o Golpe de 1964

Companheiros assassinados pela ditadura militar:

Presentes!

 Companheiros desaparecidos durante a  ditadura militar:

Presentes!



O Coletivo Marxista reverencia todos os militantes assassinados e desaparecidos durante a ditadura militar, instalada através de um golpe militar, em 01/04/1964.
Esquecer ou disfaçar o brutal e terrível período de repressão brasileiro, esquecer ou ocultar as torturas e mortes com requintes de crueldade e manter vivo e impune todo o aparato de repressão policial é crime.

Registramos também que este é  o mesmo aparato policial que impune  hoje assassina , humilha, prende e reprime violenta e sumariamente e, a  cada dia que passa, de forma mais ostensiva  e truculenta, a todos que sonham e lutam por um mundo igualitário e portanto comunista.

Precisamos de uma grande e unificada campanha pela abertura dos arquivos da ditadura, com apuração dos crimes de tortura e assassinatos e punição dos responsáveis. O governo Dilma/PT não está disposto a levar essa luta a suas últimas consequências: comprometido com os interesses burgueses, optou mais uma vez por conciliar com os representantes da tortura brasileira e abrir mão da defesa de apuração e julgamento dos crimes por eles cometidos, com a proposta de instalação da ‘Comissão da Verdade’. Insuficiente e conciliatória, a proposta é de que os crimes sejam conhecidos,  revelados, mas não julgados.  Reafirmando seu autoritarismo e a defesa da tortura, os militares hoje repudiam frontalmente mesmo essa proposta conciliatória, o que só confirma a necessidade de nos organizarmos firmemente para reivindicar o direito à verdade e à justiça, como feito na maioria dos países da América Latina em relação às suas ditaduras militares. 
  
Irmanados na luta contra a barbárie, o Coletivo Marxista canta, unido com todos os revolucionários, A Carta, de Violeta Parra.

Los hambrientos piden pan
ou
La carta

Violeta Parra

Me mandaron una carta
por el correo temprano.
En esa carta me dicen
que cayó preso mi hermano
y, sin lástima, con grillos,
por la calle lo arrastraron, sí.

La carta dice el motivo
que ha cometido Roberto:
haber apoyado el paro
que ya se había resuelto.
Si acaso esto es un motivo,
presa también voy, sargento, sí.

Yo que me encuentro tan lejos,
esperando una noticia,
me viene a decir la carta
que en mi patria no hay justicia:
los hambrientos piden pan,
plomo les da la milicia, sí.

De esta manera pomposa
quieren conservar su asiento
los de abanico y de frac,
sin tener merecimiento.
Van y vienen de la iglesia
y olvidan los mandamientos, sí.

¿Habrase visto insolencia,
barbarie y alevosía,
de presentar el trabuco
y matar a sangre fría
a quien defensa no tiene
con las dos manos vacías?, sí.

La carta que he recebido
me pide contestación.
Yo pido que se propale
por toda la población
que «El León» es un sanguinario
en toda generación, sí.

Por suerte tengo guitarra
para llorar mi dolor;
también tengo nueve hermanos
fuera del que se engrilló.
Los nueve son comunistas
con el favor de mi Dios, sí.

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