quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Manifesto contra a violência e repressão aos atos de 7 de setembro

7 de setembro de 2013 – Enquanto a mídia burguesa mostrava a Presidenta Dilma Rousseff desfilando no Rolls Royce oficial, milhares de ativistas espalhados pelo país lutavam pela real liberdade brasileira, enfrentando a truculência do aparato repressivo.

O que pudemos observar foi a mais inaceitável e vergonhosa onda de repressão, violência e arbitrariedades, mostrando hoje e sempre, do que é capaz um Estado a serviço da democracia burguesa. Prisões arbitrárias, covardia, violência sanguinária e gratuita e proibições de toda sorte deixam claro que o Estado de direito burguês nada mais é do que a ditadura velada da burguesia. Fica claro também que aqui como em todas as partes do mundo – Grécia, Turquia, Egito, Espanha, EUA, Chile etc. – o Estado burguês, usa e usará, hoje e sempre, todo o seu aparato militar e paramilitar com a violência que lhe apraz sempre que sua “ordem” é questionada, ou mesmo apenas arranhada.

Foto Samuel Tosta

Num Brasil que tem sua independência ‘decretada’, sem lutas libertárias, e especialmente, num Rio de Janeiro palco de mega e vergonhosas negociatas – privatização do Maracanã apenas como exemplo – e com a população submetida a todo o tipo de explorações e falta de assistência, cresce e explode a revolta popular. É neste quadro que devemos entender as crescentes mobilizações de massa que se espalham pelo Brasil.

Neste especial momento conjuntural, de crise do capitalismo e falência total das políticas sociais de Estado – como  transporte, educação, saúde e segurança – enquanto ocorrem os megaeventos no Brasil, o Coletivo Marxista se une às fileiras dos que se rebelam e lutam por um Brasil igualitário. Neste sentido, vimos aqui registrar nosso total repúdio às prisões, aos atos de violência, às arbitrariedades que se alastram pelo país e defender a libertação imediata de todos os companheiros e ativistas políticos, assim como defendemos o direito irrestrito de manifestações e greves.



Identificando ainda o ímpar momento conjuntural que vivemos, o Coletivo Marxista defende a criação de uma Frente de Esquerda que materialize e potencialize a reflexão conjunta, livre de hegemonismos e disputas por aparatos. Uma Frente que concretize e vá muito além da disputa de palavras de ordem e de acordos superestruturais, para a organização de atos públicos. Queremos uma Frente de Esquerda que se configure num espaço de real interlocução conjunta, que possa, levando em conta a complexidade e riqueza do momento, produzir reflexões superiores às que qualquer uma das correntes seria hoje capaz de fazer isoladamente. Ao mesmo tempo, seguimos enfatizando a necessidade de construção de espaços amplos, de massa, organizados por locais de trabalho e moradia, capazes de unificar as lutas em curso e dar respostas organizativas e políticas às dinâmicas de mobilização produzidas pela recente retomada das lutas, superando assim o caminho da cisão entre o que de novo surgiu nas lutas de classe no Brasil e os instrumentos e métodos tradicionais dos trabalhadores e da juventude.

Esta é a nossa tarefa, e de toda a esquerda brasileira: conduzir uma atuação de fato unificada para disputar os rumos do movimento de massa e sua canalização para um patamar superior das lutas de classe no Brasil.

Liberdade para os presos em Manifestações!

Pelo Fim das Prisões Arbitrárias!

Pelo fim dos leilões do petróleo!

Pela criação de uma Frente de Esquerda Unificada!

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