7 de setembro de 2013 – Enquanto a mídia burguesa
mostrava a Presidenta Dilma Rousseff desfilando no Rolls Royce oficial,
milhares de ativistas espalhados pelo país lutavam pela real liberdade brasileira, enfrentando a
truculência do aparato repressivo.
O que pudemos observar foi a mais inaceitável e
vergonhosa onda de repressão, violência e arbitrariedades, mostrando hoje e
sempre, do que é capaz um Estado a serviço da democracia burguesa. Prisões
arbitrárias, covardia, violência sanguinária e gratuita e proibições de toda
sorte deixam claro que o Estado de direito burguês nada mais é do que a
ditadura velada da burguesia. Fica claro também que aqui como em todas as partes
do mundo – Grécia, Turquia, Egito, Espanha, EUA, Chile
etc. – o Estado burguês, usa e usará, hoje e sempre, todo o seu aparato
militar e paramilitar com a violência que lhe apraz sempre que sua “ordem” é
questionada, ou mesmo apenas arranhada.
Foto Samuel Tosta |
Num Brasil que tem sua
independência ‘decretada’, sem lutas libertárias, e especialmente, num
Rio de Janeiro palco de mega e vergonhosas negociatas – privatização do
Maracanã apenas como exemplo – e com a população submetida a todo o tipo de
explorações e falta de assistência, cresce e explode a revolta popular. É neste
quadro que devemos entender as crescentes mobilizações de massa que se espalham
pelo Brasil.
Neste especial momento conjuntural, de crise do
capitalismo e falência total das políticas sociais de Estado – como transporte, educação, saúde e segurança – enquanto
ocorrem os megaeventos no Brasil, o Coletivo Marxista se
une às fileiras dos que se rebelam e lutam por um Brasil igualitário. Neste
sentido, vimos aqui registrar nosso total repúdio às prisões, aos atos de violência,
às arbitrariedades que se alastram pelo país e defender a libertação imediata
de todos os companheiros e ativistas políticos, assim como defendemos o direito
irrestrito de manifestações e greves.
Identificando ainda o ímpar momento conjuntural
que vivemos, o Coletivo Marxista
defende a criação de uma Frente de Esquerda que materialize e potencialize a
reflexão conjunta, livre de hegemonismos e disputas por aparatos. Uma Frente
que concretize e vá muito além da disputa de palavras de ordem e de acordos
superestruturais, para a organização de atos públicos. Queremos uma Frente de
Esquerda que se configure num espaço de real interlocução conjunta, que possa,
levando em conta a complexidade e riqueza do momento, produzir reflexões
superiores às que qualquer uma das correntes seria hoje capaz de fazer isoladamente.
Ao mesmo tempo, seguimos enfatizando a necessidade de
construção de espaços amplos, de massa, organizados por locais de trabalho e
moradia, capazes de unificar as lutas em curso e dar respostas organizativas e
políticas às dinâmicas de mobilização produzidas pela recente retomada das
lutas, superando assim o caminho da cisão entre o que de novo surgiu nas lutas
de classe no Brasil e os instrumentos e métodos tradicionais dos trabalhadores
e da juventude.
Esta é a nossa
tarefa, e de toda a esquerda brasileira: conduzir uma atuação de fato unificada
para disputar os rumos do movimento de massa e sua canalização para um patamar
superior das lutas de classe no Brasil.
Liberdade para os
presos em Manifestações!
Pelo Fim das Prisões
Arbitrárias!
Pelo fim dos leilões
do petróleo!
Pela criação de uma
Frente de Esquerda Unificada!
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