sábado, 22 de agosto de 2015

Repúdio ao PL 2016/2015 do Governo Dilma

O Coletivo Marxista manifesta seu total repúdio à aprovação do Projeto de Lei 2016/2015, alcunhado de lei "antiterrorismo". Esta aprovação acontece no exato momento em que o governo Dilma apresenta um pacote de “governabilidade”, atendendo aos anseios da burguesia e da direita institucionalizada que domina o Estado brasileiro.
Não causa surpresa a opção do governo Dilma e de seus aliados pela adoção de medidas que se pautam estritamente pelas leis do receituário neoliberal. A serviço da sobrevida e da sustentabilidade do capitalismo em crise mundial, o Governo Dilma opta pelo caminho da criminalização dos movimentos e ativistas sociais. A truculência do aparato repressivo do Estado tem sido presente em todas as últimas manifestações, inclusive, por exemplo, as que lutam por verbas para educação e saúde e pela manutenção do seu caráter publico.
Também não é surpreendente que, neste cenário de estagnação da economia e de baixíssima popularidade, os Jogos Olímpicos de 2016 – assim como a Copa do Mundo da FIFA – sejam pensados como saídas para modificação deste cenário. O que nos causa perplexidade é a constatação do pouco impacto que isto causou à classe média e à população em geral, mais atentas ao tema da corrupção, pautado pela grande mídia. Usando uma série de artifícios, a mídia dominante atua para desvincular os assassinatos e chacinas diárias do aparato repressivo do Estado brasileiro.
O Projeto de Lei 2016/2015 abre brechas para que as manifestações políticas e todas as reivindicações e mobilizações dos movimentos sociais organizados sejam criminalizadas. Nada mais oportuno para a manutenção da “ordem do capital”. O texto, como aprovado na Câmara, presidida por Eduardo Cunha, prevê pena de reclusão de 12 a 30 anos em regime fechado e possibilita a prisão de ativistas e militantes.
Sabemos que todos os crimes previstos neste Projeto estão tutelados por outras leis. Portanto, o que interessa é deixar de forma imprecisa e inconstitucional o que é considerado crime terrorista e aterrorizar e amedrontar os movimentos sociais e ativistas políticos, tentando impedir nossa organização e manifestações políticas.
Este PL, que segue para análise e votação no Senado, é mais uma pauta para luta da esquerda organizada. Seremos presos, por 30 anos, pelo governo petista, por defender e lutar por uma sociedade igualitária?
O Coletivo Marxista está e estará engajado na luta para que este PL seja retirado da pauta de votações no Senado!
Não à criminalização dos Movimentos Sociais e ativistas políticos!
Pela liberdade de organização e manifestações!

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