Entre os dias 19 e 21 de abril, ocorreu na USP o XI Fórum Nacional de Entidades de Pedagogia, debatendo o Plano de Desenvolvimento da Educação, lançado através do Decreto 6094/07, em abril do ano passado. Cerca de 450 estudantes, sendo 31 delegados, participaram do evento. Segue abaixo panfleto distribuído pela militância do Coletivo Marxista.
PARA AVANÇAR NAS LUTAS, UMA NOVA ENTIDADE ESTUDANTIL
Depois de uma longa batalha travada ao longo do ano de 2007, o Movimento Estudantil brasileiro vivencia um período de retomada das lutas. Nesse ano de 2008, a prova de que uma nova realidade é possível já foi demonstrada nas ocupações da UnB, UFMG e UFAM e com uma grande mobilização na UFRJ que fez a Reitoria recuar com seu Plano Diretor sob os marcos do REUNI.
Depois de uma longa batalha travada ao longo do ano de 2007, o Movimento Estudantil brasileiro vivencia um período de retomada das lutas. Nesse ano de 2008, a prova de que uma nova realidade é possível já foi demonstrada nas ocupações da UnB, UFMG e UFAM e com uma grande mobilização na UFRJ que fez a Reitoria recuar com seu Plano Diretor sob os marcos do REUNI.
A situação da Educação a nível nacional segue prejudicada por conta das necessidades de privilégios a pequenas parcelas da sociedade, enquanto o conjunto da população se depara com as conseqüências do sistema opressor, que nos acarreta fome, miséria, insegurança. Enquanto o neoliberalismo tenta consolidar o umbiguismo e soluções individualistas, os setores de luta têm trazido à tona a importância do coletivo e das mobilizações, comprovando que apenas a luta muda a vida.
A ascensão do Governo Lula/PT ao poder ocorre num momento em que os antigos agentes dos organismos internacionais não conseguem mais implantar suas políticas, sendo a imagem de Lula ligada aos trabalhadores e suas significativas inserções sobre a Central Única dos Trabalhadores e a União Nacional dos Estudantes importantes ferramentas para os ataques à classe trabalhadora e à juventude. Para o Ensino Superior, a Reforma Universitária aprovada de maneira fatiada, através do Programa Universidade Para Todos, da Lei de Inovação Tecnológica, do Decreto das Fundações, do SINAES/ENADE e das Parcerias Público-Privadas.
Com o Decreto 6096/07 – o REUNI – neste segundo mandato de Lula/PT comprovamos a tentativa de sucateamento e precarização da educação para atender às ordens vigentes e manter o status quo, iludindo a juventude com a ‘multiplicação dos diplomas’. As ocupações de Reitorias são um marco para a defesa da Educação Pública e demonstram que o Movimento Estudantil combativo, que precisa lutar hoje por fora e contra a União Nacional dos Estudantes, informa que Educação não se faz por Decreto.
Apesar da discreta reorganização existente na Frente Nacional de Lutas Contra a Reforma Universitária, esta ainda apresenta diversas debilidades, que precisamos superar caso queiramos vitórias concretas para o setor oprimido da sociedade. Fazer com que as lutas em cada sala de aula, curso, colégio ou Universidade não apenas se choquem de maneira local, mas tenham um caráter e patamar nacionais, urge que tenhamos uma organicidade e uma dinâmica de atuação do Movimento Estudantil a nível nacional, identificando os verdadeiros agentes desses ataques e seus braços de apoio presentes para confundir os trabalhadores e os estudantes.
Por isso, a Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia também deve se inserir nesse quadro, ampliando as mobilizações contra o REUNI e convocando os estudantes de todo o país para um grande boicote ao ENADE em 2008, além de se incorporar no chamado à construção de um Congresso Estudantil, que possa reunir os lutadores e debater a consolidação do novo Movimento Estudantil já em curso através da criação de uma nova entidade estudantil.
COLETIVO MARXISTA
coletivomarxista@yahoo.com.br; http://coletivomarxista.blogspot.com/
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