sábado, 8 de março de 2014

Dia 8 de Março: dia de luta da mulher trabalhadora! Por uma unidade de esquerda!



Podemos ver a cada ano que passa, como o Dia Internacional da Mulher vem perdendo seu caráter de luta. Pouco se debate sobre sua origem, conquistas e caráter político, e o espaço para a construção de atos de rua e reivindicações de pautas especificas se tornou escasso. O processo de desconstrução do 8 de Março deu lugar a mais uma data “comercial”, apropriada para a vendagem de diversos produtos direcionados ao público feminino.

E o que mudou desde o 8 de março do ano passado? Com a chegada dos megaeventos e o aprofundamento dos seus efeitos nefastos para a classe trabalhadora, as mobilizações contra os aumentos das passagens de ônibus deram início a uma virada conjuntural no país. Entrou em cena a população nas ruas em grandes manifestações, lutando por transporte público de qualidade, por suas reais necessidades como saúde, educação, etc. E lá estiveram – e ainda estão presentes – milhares de mulheres, trabalhadoras e estudantes, somando às lutas também o seu repúdio à violência diária que jamais deixara de oprimi-las.

Neste 8 de Março de 2014, num momento em que o Brasil é entregue ainda mais aos empresários que lucram com os megaeventos, celebramos a presença da mulher combativa nas ruas. Celebramos o heroísmo e a resistência das mulheres trabalhadoras e da juventude. Mulheres em dupla e tripla jornada de trabalho, chefes de família, excluídas das universidades, alvos de violência doméstica, de opressão, de discriminação, de assassinatos e de demais sintomas da barbárie imposta pelo sistema capitalista. Nesse momento se torna ainda mais importante incentivar a participação das mulheres na vida política, nas lutas do dia-a-dia!

Com o avanço de consciência da classe trabalhadora é papel fundamental desta pôr fim às opressões, desde as mais “naturalizadas” até as mais gritantes. As mulheres e as bandeiras do combate às opressões devem estar desde já nas nossas fileiras.

Essa compreensão significa um grande passo para a organização da classe trabalhadora e para a superação das opressões, mas sabemos que só a superação do sistema capitalista trará para a mulher a igualdade de que tanto falamos. Para isso, nossa unidade deve se dar a partir das organizações e entidades realmente combativas e que representam a esquerda brasileira, e isso não passa por construir marchas com setores governistas – como PT, CUT, UNE, etc. – que em nada podem servir aos interesses históricos da mulher trabalhadora e da classe como um todo.

Neste 8 de Março de 2014, nosso grito de unidade parte da garganta das mulheres trabalhadoras brasileiras que, lutando por terra, moradia, educação e saúde, são o símbolo de coragem e esperança de transformação deste Brasil numa sociedade igualitária e livre da opressão.


Viva a mulher trabalhadora brasileira!

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